MANCHETE 2

BRF reporta lucro líquido de apenas R$ 18,1 milhões

A BRF reportou que seu lucro líquido no 3T/16 foi de R$18,1 milhões, impactado negativamente pelo desempenho operacional no trimestre. A queda foi de 97,4% na comparação anual.

Já a  Receita Líquida consolidada totalizou R$8,5 bilhões, ficando estável na comparação trimestral. A empresa afirmou que o cenário setorial adverso continuou impactando o resultado do 3T16, principalmente pela valorização cambial. O EBIT consolidado totalizou R$469 milhões no 3T16.

A empresa afirmou que “no terceiro trimestre de 2016, o ambiente de negócios se mostrou mais adverso do que esperávamos, afetando negativamente nossos resultados de curto prazo”.

Veja o relatório completo aqui.

 

O relatório trimestral da BRF por seus administradores

A seguir, divulgamos o texto apresentado no site da BRF, onde os executivos da empresa comentam o resultado.

 

Mesmo em um ambiente de negócios adverso, a receita operacional líquida da BRF avançou 2,7% no terceiro trimestre do ano (3T16), se comparado com o mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 8,5 bilhões. No período, a companhia comercializou mais de 1,2 milhão de toneladas de alimentos em todo o mundo.

Para suportar o crescimento dos negócios, garantir a eficiência dos processos e a plena execução de projetos, a companhia investiu R$641 milhões no período. “Olhando para o futuro, reafirmamos o nosso propósito de ‘Alimentar o Mundo‘ e nosso direcionamento estratégico de crescer através da inovação”, ressalta Pedro Faria, CEO Global da BRF.

Entre julho e setembro, a BRF anunciou a criação de uma subsidiária no Egito, com a finalidade de iniciar avanços na cadeia de valor. Também formalizou uma parceria com a FFP, empresa processadora de alimentos Halal baseada na Malásia; e assinou um acordo de investimento no valor de US$20 milhões no IPO da COFCO Meat, com o intuito de aumentar a presença na China através de parcerias estratégicas.

Além disso, realizou a emissão de US$ 500 milhões no mercado de bonds internacional, com prazo de 10 anos e cupom de 4,35% a.a.; anunciou a redução de 30% de sódio em mais de 40 produtos do portfólio de Sadia, que contou com o endosso do doutor Drauzio Varella; e lançou uma nova categoria de produtos de pratos prontos para cozinhar com os novos itens da linha Jamie Oliver, chef inglês que esteve no Brasil recentemente para anunciar uma parceria com a Sadia.

“Estamos certos de que entraremos em 2017 ainda mais fortes que nossos competidores. Para os próximos trimestres, acreditamos que o cenário setorial continua a melhorar em função do ajuste da oferta de frango conforme dados públicos de produção e alojamento; convergência gradual do preço do milho para níveis próximos ao de paridade de exportação; e recuperação da economia brasileira”, conclui Pedro Faria, CEO Global da BRF.

Desempenho Regional

Embora a Ásia e Latam tenham registrado o maior crescimento em volume no terceiro trimestre do ano (+ 83% a/a e +16% a/a, respectivamente), Brasil e Oriente Médio/Norte da África (MENA) seguem como os principais mercados da companhia.

O mercado brasileiro manteve-se bastante desafiador no período. Apesar da demanda contraída, a receita operacional líquida da região cresceu 2,8% t/t e totalizou R$3,6 bilhões. Inovação segue como um dos grandes focos da companhia, que vai lançar este ano mais de 25 novos produtos, entre eles, a nova linha assinada por Jamie Oliver, novos sabores da linha Salamitos, e novas opções de pratos congelados.

Já a regional conhecida como MENA, que compreende os países do Oriente Médio e Norte da África, reportou uma receita operacional líquida de R$ 1,56 bilhão. No período, a empresa lançou na região uma nova linha de empanados – produzida na Tailândia – reforçando a sinergia da cadeia global. A produção local continua sendo um importante motor de crescimento, onde o volume de processados aumentou 60% a/a, e já alcançou a liderança em diferentes segmentos e geografias.

A receita líquida operacional obtida na regional Ásia totalizou R$ 1,28 bilhões, alta de 68,5% se comparado com o resultado obtido em igual período do ano anterior. Este crescimento ocorreu principalmente em função da consolidação da BRF Tailândia e da expansão de volumes na China e no Sudeste Asiático. Destacam-se também o crescimento de 10,2% de volumes t/t devido ao: aumento de 39% nos volumes para China; e o desenvolvimento de novos mercados, tais como, Malásia e Vietnã.

A receita líquida operacional obtida na regional Europa/Eurásia atingiu pouco mais de R$963 milhões no 3T16. O cenário atual da região é bastante desafiador. Apesar dos volumes estáveis na região na comparação trimestral, a forte depreciação cambial da Libra (-15,2% t/t) e do Rublo (-5,6% t/t) versus o real, relacionada à saída do Reino Unido da União Europeia e ao cenário macroeconômico na Rússia, respectivamente, impactou negativamente os resultados.

A região Latam, que compreende todos os países da América, exceto o Brasil, apresentou um crescimento de 11,5% t/t na comercialização de itens de maior valor agregado. Importante ressaltar que este crescimento está relacionado à consolidação das aquisições das argentinas Campo Austral e Calchaquí, e o relançamento dos Nuggets Sadia. A receita líquida obtida na região atingiu R$ 550 milhões.

No 3T16, a regional África entregou um crescimento de volume de +4,4% t/t, mesmo em face a um cenário bastante desafiador em seu principal mercado, Angola, e do contexto macroeconômico e político difícil em diversas outras geografias em função do preço do petróleo e outras commodities. A receita líquida operacional totalizou R$ 191 milhões.

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Redação

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