Ambev lucra R$ 3,1 bi
A Ambev anunciou nesta sexta-feira seus resultados do terceiro trimestre de 2016.
A Receita Líquida (ROL) receita líquida cresceu 2,3% no trimestre, com uma receita líquida estável no Canadá (+0,1%) parcialmente compensados por uma queda no Brasil (-6,6%).
Já o volume caiu 3,4% impulsionado, principalmente, por quedas no Brasil e na Argentina. Segundo a empresa “a volatilidade econômica nestes países continuou a pressionar o consumo de bebidas”.
De acordo com a companhia, esta queda foi mais do que compensada por um sólido crescimento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 5,9%, devido às iniciativas de gestão da receita.
Custo dos produtos vendidos (CPV)
O CPV aumentou 15,5%. Em hectolitros (CPV/hl), o CPV cresceu 19,5% impulsionado, principalmente, pelo Brasil onde o CPV/hl aumentou 27,6% devido aos hedges de moeda que refletiram no 3T16 a severa desvalorização do Real na segunda metade de 2015. Naquele período, o Real sofreu uma desvalorização próxima de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a 4,18 BRL/USD em setembro de 2015, e assim inflacionando, temporariamente, os custos atrelados ao Dólar Americano, que representam cerca de 40% de nosso CPV no Brasil.
Despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A)
O SG&A (excluindo depreciação e amortização) aumentou 11,3%, devido a alocação no tempo das despesas de vendas e marketing, que foram mais concentradas neste trimestre devido aos Jogos Olímpicos Rio 2016 e outras ativações de marketing, e maiores despesas de distribuição, parcialmente compensadas por economias em despesas administrativas.
EBITDA, Margem Bruta e Margem EBITDA
O EBITDA ajustado atingiu R$ 3.999,4 milhões (-14,0%) no 3T16, com compressões da margem bruta e da margem EBITDA de 450 pontos-base e 740 pontos-base, respectivamente.
Lucro líquido ajustado e LPA
O lucro líquido ajustado no trimestre foi de R$ 3.198,3 milhões no 3T16, 3,6% acima do ano anterior, uma vez que a queda do EBITDA e maiores despesas financeiras foram mais do que compensados por uma reversão de provisões do imposto retido na fonte relacionado a lucros não distribuídos na Argentina, onde uma nova legislação revogou um tributo criado em 2013, e reconhecimento de impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais em subsidiárias internacionais, revertendo um impacto negativo que tivemos na alínea de Outros Ajustes Tributários em 2015 e anos anteriores.
O lucro por ação (LPA) ajustado foi de R$ 0,20 no 3T16.
Fluxo de caixa operacional e CAPEX
No trimestre, a geração de caixa das atividades operacionais foi de R$ 5,1 bilhões, enquanto os investimentos em CAPEX atingiram R$ 902 milhões. No acumulado do ano, a empresa gerou R$ 9,8 bilhões em caixa das atividades operacionais, enquanto os investimentos em CAPEX atingiram R$ 2,8 bilhões. No Brasil, os investimentos em CAPEX acumulados no ano atingiram R$ 1,4 bilhão.
Pay out e disciplina financeira
Em 30 de setembro de 2016, a posição líquida de caixa era de R$ 3.120,1 milhões. Este valor não inclui o pagamento de dividendos de R$ 0,16 por ação (aproximadamente R$ 2,5 bilhões) anunciado em 19 de outubro de 2016, e que será pago a partir de 25 de novembro de 2016.
No ano, a empresa ressalta que “anunciamos/pagamos aproximadamente R$ 6,6 bilhões em juros sobre o capital próprio e dividendos”.
Leia o relatório completo aqui.