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S&P reduz perspectiva de nota de crédito da Via, mas mantém grau de investimento

 

Publicado às 9h51

 

A Via (VIIA3) teve sua nota de crédito (rating) revisada para “brAA-“ (antes era “brAA”) pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, uma das principais do mundo.

A alteração ocorre em função da deterioração do ambiente macroeconômico brasileiro, em especial o aumento das taxas de juros, inflação e desemprego. 

Esse cenário mais desafiador, segundo relatório publicado pela agência, poderá impactar negativamente a rentabilidade, alavancagem e geração de caixa da companhia. 

A agência manteve o status de ‘investment grade’, ou grau de investimento, nota dada para empresas com “capacidade muito forte de honrar compromissos financeiros”, conforme descreveu a S&P. 

Segundo o relatório, “a empresa tem um histórico bem-sucedido em operar com refinanciamentos de dívida constantes e com relativa concentração de dívida de curto prazo”.

Além disso, destacou “o fato de administrar sua liquidez considerando recebíveis de cartões de crédito, que somavam R$ 4,2 bilhões em 30 de setembro de 2021”. 

A Via esclareceu em um comunicado nesta quinta, 27, que, com relação à alavancagem, a agência de rating não leva em consideração a prática utilizada pela companhia de desconto de recebíveis de cartões de crédito em seus cálculos de liquidez. A Via diz que essa é uma prática “comum no Brasil”. 

A varejista informou que na metodologia utilizada globalmente pela S&P para cálculo de alavancagem são realizados ajustes à dívida reportada pela companhia: soma-se à dívida bancária as (i) dívidas de leasing operacional e financeiro, (ii) o montante de recebíveis de cartões de crédito já descontados, (iii) parcelamento de impostos e (iv) operações de convênio com fornecedores. 

“Essa metodologia padronizada globalmente pela agência não reflete corretamente o endividamento da companhia”, afirmou a Via. 

“De fato nosso endividamento bancário bruto apresenta estabilidade nos últimos 6 trimestres (em torno de R$ 4,5 bi). A Via apresenta historicamente posição de caixa líquido (soma de caixa e recebíveis maior que a dívida bancária bruta)”, afirmou a varejista no comunicado. 

O relatório da agência estima ainda “uma redução no nível de estoque e alongamento de prazo com fornecedores, estratégia que deverão permitir geração de caixa operacional positiva em 2022”. 

Com relação aos covenants financeiros, na opinião da S&P, “a Via manterá uma folga confortável em seus covenantes financeiros, mesmo que seu EBITDA se reduza 15% em relação à projeção do cenário base estimado”. 

Ao final do 4T21 cerca de 80% da dívida da Via tinha vencimento no longo prazo (comparado à 40% ao final de 2020). 

Morgan Stanley aumenta participação na Via

A Via (VIIA3) divulgou na quarta-feira, 26, após o pregão, que recebeu correspondência do  Morgan Stanley.

No documento o banco americano informa sobre aumento de participação relevante na varejista.

O Morgan Stanley informou que em 19 de janeiro de 2022 (de forma agregada, por meio de suas subsidiárias Morgan Stanley Capital Services LLC1 , Morgan Stanley & Co. International plc2 , Morgan Stanley Uruguay Ltda.3 , Morgan Stanley & Co. LLC4 , Morgan Stanley Smith Barney LLC5 , Caieiras Fundo de Investimento Multimercado6 e Formula XVI Fundo de Investimento Multimercado Credito Privado – Investimento no exterior7 e Banco Morgan Stanley S.A.8 ) atingiu posição / exposição equivalente a 5,4% do número total de ações ordinárias da Via. 

Ainda de acordo com a correspondência recebida, o objetivo da participação acionária é estritamente de investimento, não tendo como fim alteração do controle ou da estrutura administrativa da companhia.

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