Jalles Machado reporta prejuízo líquido contábil de R$ 10,2 milhões

12 de novembro de 2021 Por Redação

 

 

Publicado às 19h16

 

A Jalles Machado (JALL3), maior exportadora mundial de açúcar orgânico e uma das maiores produtoras de açúcar e etanol da região Centro‐Oeste, anunciou na noite desta sexta, 12, seus resultados referentes ao segundo trimestre da safra 2021/2022 (2T22).

No 2T22, a companhia apurou prejuízo líquido contábil de R$ 10,2 milhões, comparado ao lucro líquido de R$ 65,6 milhões no mesmo trimestre da safra anterior. 

“Tal prejuízo é não caixa, já que foi causado pelo efeito do hedge do preço de açúcar. A companhia possui três safras hedgeadas e como não prática hedge accounting elevações no preço do produto causa efeito acumulado de três exercícios sociais nas despesas financeiras (não caixa) devido o MTM (mark to market ou marcação a mercado)”, explicou a empresa no release de resultados. 

Nos seis primeiros meses da safra 2022, o lucro líquido contábil somou R$ 105,4 milhões, resultado 116,6% maior do que os R$ 48,7 milhões obtidos no 6M21, mesmo considerando o efeito do hedge nas despesas financeiras.

A Jalles apresenta, para título de avaliação, também o “lucro caixa”, que desconsidera as variações não caixa da DRE, tais como: ajuste no valor justo do ativo biológico; efeitos do IFRS 16 no CPV e no resultado financeiro; provisão para perdas de crédito esperadas; variação cambial e operações de hedge não caixa e MTM; e IR/CSSL contábeis. 

O lucro líquido caixa no 2T22 foi de R$ 80,1 milhões, 20,7% superior ao registrado no 2T21. 

Nos 6M22, o lucro caixa alcançou R$ 173,9 milhões, incremento de 99,0%

Com o aumento da receita, redução do CPV na participação da receita líquida, e crescimento do lucro bruto, o Ebitda LTM (últimos 12 meses) ajustado dos últimos doze meses da Jalles Machado atingiu R$ 1.136,3 milhões no 2T22, superando em 62,1% o registrado no mesmo trimestre da safra anterior. A margem Ebitda foi de 71,1%, incremento de 4,1 p.p. em relação aos 67,1% apurados no 2T21.

A companhia exclui o valor referente ao valor justo do ativo biológico do cálculo deste indicador, pois considera que, dessa forma, o Ebitda proporciona melhor avaliação da geração operacional de caixa efetiva. Devido às sazonalidades do negócio, considerando, por exemplo, períodos de maior estocagem, recomenda‐se sempre a análise do Ebitda dos últimos 12 meses (LTM).

A receita operacional líquida no 2T22 totalizou R$ 334,0 milhões, adição de 12,5% em relação ao 2T21. O crescimento em termos percentuais na receita líquida anual é inferior ao registrado na receita bruta no decorrer do mesmo período devido à maior participação das vendas no mercado interno e consequente maior recolhimento de impostos.

Veja mais detalhes na tabela abaixo: