foto André Ribeiro / Agência Petrobras
Publicado às 14h15
O BTG Pactual postou em seu site [1]um relatório sobre a Petrobras.
A classificação da instituição financeira para a ação preferencial PETR4 é “neutra”. O preço-alvo é de R$ 36.
Seus analistas destacam que a “incapacidade” de avaliar adequadamente a história de alocação de capital de longo prazo da Petrobras tem sido a principal razão para a abordagem mais conservadora em relação à tese de investimento.
“Embora concordemos que o balanço agora permite que a empresa aumente os investimentos em E&P (exploração e produção), achamos que os investidores não estarão dispostos a perpetuar as potenciais vantagens de tais projetos nem distribuição de dividendos, pelo menos até que o ruído político sobre a política de preços e estratégia da empresa se dissipem, o que não esperamos que aconteça antes da eleição ano que vem”, escreve o time de analistas.
A equipe reconhece que, sob uma perspectiva de múltiplo, as ações da Petrobras “parecem baratas”. No entanto, continuam neutros por enquanto porque acreditam que os riscos políticos continuarão a superar os fundamentos.
Plano Estratégico 2022-26
A Petrobras deve revelar o novo Plano Estratégico 2022-26 na próxima quinta, 25.
O BTG destaca que, com uma política bem definida para distribuir 60% do fluxo de caixa operacional menos o capex, aumentar os investimentos da empresa deve reduzir a distribuição de caixa no futuro.
“Assumindo um crescimento de capex de 20% ao longo dos próximos 5 anos, e com base em nossa atual hipótese de curva de preço do petróleo, o novo plano da Petrobras poderia cortar dividendos em mais de US$ 8 bilhões, ou 2,7p.p. de redução de rentabilidade anual”, avaliam os analistas.
No entanto, ressaltam que, embora negativo, acreditam que não mudará materialmente a percepção dos investidores em relação à história da “temática de dividendos” da Petrobras.
“Em nossa opinião, as ações agora estão sendo negociadas com dividend yield acima de 20% para 2022”, escreve em relatório o BTG.
Riscos
Antes de investir, é importante entender os riscos a que uma empresa está exposta.
Na análise do BTG, a Petrobras está exposta a uma série de riscos em suas atividades que incluem: risco de exploração em seu portfólio de exploração de petróleo; risco de execução em nova produção e ativos downstream; riscos de preço de commodities em seus negócios de marketing e negociação; e riscos administrativos devido a uma potencial mudança na administração que a empresa enfrenta a cada quatro anos, de acordo com as eleições presidenciais.
“Os riscos mais relevantes para nossas projeções concentram-se na capacidade da Petrobras em aumentar sua produção de petróleo e gás, sua capacidade de manter os preços de combustíveis domésticos altos o suficiente para manter a lucratividade de seus ativos de refino e a taxa de câmbio brasileira”, ressalta a equipe da instituição financeira.
Importante:
O Finance News não faz recomendação de compra ou venda de ativos. O texto acima tem por objetivo informar. O preço-alvo é uma projeção baseada em uma metodologia e varia dependendo da instituição financeira. Procure profissionais especializados e certificados para tomar qualquer decisão sobre investimentos.
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