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Quer começar a investir? Então leia-me

 

Quem está começando a investir pode se sentir perdido em meio a tantas possibilidades de investimentos. Mas algumas dicas podem ajudar a clarear esse novo mundo de letras e números. Entrevistamos Gustavo Ribolli, da Evolution Investimentos (escritório vinculado à corretora Guide). Com MBA no mercado de capitais, ele é especialista em operações com Derivativos. Gustavo conversou com o Finance News sobre as principais dúvidas dos iniciantes, entre elas, como descobrir o seu perfil de investidor e que produtos são mais adequados para cada tipo de bolso.

 

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Gustavo Ribolli

 

Finance News: As pessoas geralmente perguntam qual é o melhor investimento, mas deveriam se perguntar qual é o investimento que mais se adequa ao perfil dela. Essa afirmação é verdadeira?

Gustavo Ribolli: “Com certeza, essa afirmação é corretíssima. Se as pessoas, antes de iniciar seus investimentos, refletissem sobre isso, com certeza, iniciariam de forma correta. Infelizmente a grande maioria pensa somente na maior rentabilidade esquecendo dos riscos”.

Finance News: Basicamente, quais os perfis de investidores que existem? Ainda existe a definição de “arrojado” e “conservador”?

Gustavo Ribolli: “Podemos definir os perfis de inúmeras formas, grupos e subgrupos, porém ainda prefiro simplificar e dividir nos três grandes grupos já conhecidos: conservador, moderado e agressivo”.

Finance News: Na internet há sites onde o investidor pode saber seu perfil com exatidão. Quais são outras formas de determinar isso?

Gustavo Ribolli: “Os sites definem o perfil do investidor por meio de um questionário. Ao final do preenchimento, algoritmos calculam, através de seus critérios, onde aquele investidor se enquadra. Esses questionários podem ser preenchidos também no papel. Uma entrevista com profissionais preparados do mercado financeiro pode auxiliar o investidor a descobrir seu perfil”.

Finance News: Por que, antes de investir, é importante também que a pessoa defina se a aplicação é para o curto, médio ou longo prazo?

Gustavo Ribolli: “Existem alguns pontos importantes para definir o prazo da aplicação, mas os principais são: rentabilidade – geralmente, quanto maior o prazo maior o rendimento – e liquidez. Muitas aplicações possuem prazo fechado, ou seja, se o investidor precisar do dinheiro antes do prazo, pode não conseguir resgatar ou arcar com algum prejuízo para fazer o resgate antecipado”.

Finance News: A quantia a ser aplicada pode direcionar para determinados produtos?

Gustavo Ribolli: “Sim, cada tipo de investimento tem um determinado valor mínimo para que o investidor possa ingressar. As corretoras fazem o trabalho de buscar diminuir ao máximo o valor de bons investimentos para que investimentos que, antigamente, eram somente para milionários fiquem acessíveis para investidores com pequenos valores para investir”.

Finance News: Se uma pessoa tem um capital de até R$ 10 mil, não quer correr riscos e não precisa do dinheiro no curto prazo (1 ano ou 2 anos) quais os produtos indicados?

Gustavo Ribolli: “Títulos do tesouro são muito indicados para essas pessoas. Outas opções são títulos de renda fixa como CDB, LC, LCI e LCA (esses dois isentos de imposto de renda) e também os fundos de renda fixa”.

Finance News: Se a pessoa é conservadora e tem mais de R$ 50 mil, no longo prazo, quais os produtos financeiros indicados?

Gustavo Ribolli: “Uma cesta diversificando os produtos acima seria muito interessante, dentro dela, essa pessoa terá acesso também a ótimos fundos de investimentos, inclusive, aos que aplicam no exterior”.

Finance News: Se a pessoa tem perfil arrojado e tem disponível para investir entre R$ 10 e R$ 20 mil, quais os produtos indicados?

Gustavo Ribolli: “Neste caso uma cesta de ações seria o investimento mais interessante, de preferência, ações de empresas saudáveis que estão sendo negociadas na bolsa com preço abaixo do seu valor de mercado e que paguem bons dividendos. Caso a pessoa não tenha experiência, fundos de investimentos em ações são boas opções também”.

Finance News: Sempre se fala que é importante diversificar, mas para quem tem pouco dinheiro (menos de R$ 5 mil, por exemplo) isso é possível?

Gustavo Ribolli: “É possível sim. Títulos do Tesouro Nacional, por exemplo, podem ser negociados a partir de R$ 30,00, fundos de investimentos também são acessíveis a partir de R$ 100,00, até mesmo ações podem ser compradas com pequenos valores. Lembrando que é sempre muito importante que o investidor entenda seu perfil antes de iniciar. É muito indicado procurar ajuda de profissionais”.

 

 

O artigo foi redigido com base na opinião de especialistas consultados pela reportagem. Esse portal não faz qualquer tipo de recomendação de investimento e não se responsabiliza por perdas, danos diretos ou indiretos e lucros cessantes resultantes de decisões tomadas a partir de seu conteúdo, gráficos, tabelas ou vídeos.

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