Volume dos serviços cresce 2,6% em novembro

13 de janeiro de 2021 Por Redação

 

Publicado às 10h

 

Em novembro de 2020, o volume de serviços no Brasil cresceu 2,6% frente a outubro, na série com ajuste sazonal, sexta taxa positiva seguida, gerando um ganho acumulado de 19,2%. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com novembro de 2019, o volume de serviços recuou 4,8% em novembro de 2020, nona taxa negativa seguida. No acumulado do ano, o volume de serviços caiu 8,3% frente a igual período de 2019. O acumulado nos últimos doze meses (7,4%) manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro (1,0%) e apontou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, iniciada para esse índice, em dezembro de 2012.

Ao avançar 2,6% em novembro de 2020, o setor de serviços apresentou a sexta taxa positiva consecutiva, com ganho acumulado de 19,2%. Contudo, este avanço ainda é insuficiente para reverter a perda de 19,6% verificada entre fevereiro e maio. Assim, o volume de serviços no Brasil ainda se encontra 14,1% abaixo do recorde histórico, de novembro de 2014 e 3,2% abaixo de fevereiro de 2020.

A alta de 2,6% do volume de serviços de outubro para novembro de 2020 foi acompanhada pelas cinco atividades investigadas. Os destaques foram para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,4%), serviços prestados às famílias (8,2%) e profissionais, administrativos e complementares (2,5%). Os dois primeiros setores foram os mais afetados pela pandemia da COVID-19, que impactou mais duramente os serviços de caráter presencial.

Os transportes, com a sétima alta seguida, já acumulam ganho de 26,7% entre maio e novembro, mas ainda necessitam avançar 5,4% para voltar ao nível de fevereiro. Os serviços prestados às famílias registraram a quarta alta seguida e já acumulam ganho de 98,8% nos últimos sete meses, mas ainda precisam crescer 34,2% para retornar ao patamar de fevereiro. Por sua vez, os serviços profissionais, administrativos e complementares chegaram a um ganho de 9,5% no período de junho a novembro, após caírem 16,8% entre fevereiro e maio.

Os demais avanços vieram dos serviços de informação e comunicação (0,5%) e de outros serviços (0,5%). A primeira atividade acumula um ganho de 4,6% de setembro a novembro; e a última volta a subir, após ter recuado 3,9% em outubro. Ambos são os únicos setores que já superaram o nível de fevereiro, impulsionados pelos bons desempenhos dos segmentos de tecnologia da informação; e dos serviços financeiros auxiliares, respectivamente.

A média móvel trimestral dos serviços cresceu 2,2% no trimestre encerrado em novembro frente a outubro, mantendo trajetória ascendente desde julho. Entre os setores, houve altas nas cinco atividades, com destaque para serviços prestados às famílias (7,7%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,0%), informação e comunicação (1,5%), serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%) e outros serviços (0,7%).

Frente a novembro de 2019, o volume do setor de serviços caiu 4,8%, nona taxa negativa seguida para este tipo de indicador. Em novembro de 2020, houve retração em três das cinco atividades e altas em 35,5% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre as atividades, os serviços os serviços profissionais, administrativos e complementares

(-10,7%) e os serviços prestados às famílias (-26,2%) exerceram as influências negativas mais importantes. Os primeiros foram pressionados, pela queda nas receitas das empresas que atuam nos ramos de gestão de ativos intangíveis; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; limpeza geral; atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; agências de viagens; e locação de automóveis. Já nos serviços prestados às famílias as maiores pressões vieram da queda nas receitas de restaurantes; hotéis; serviços de bufê; e atividades de condicionamento físico.

O outro recuo veio dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-3,7%), explicado, principalmente, pela queda de receita das empresas de transporte aéreo, rodoviário coletivo e metroferroviário (todos de passageiros); e de correio nacional.

Em contrapartida, as contribuições positivas vieram de outros serviços (7,3%) e de serviços de informação e comunicação (1,0%), impulsionados pelo aumento de receita das empresas dos ramos de administração de bolsas e mercados de balcão organizados; recuperação de materiais plásticos; corretoras de títulos e valores mobiliários; atividades de pós-colheita; e tratamento e disposição de resíduos não perigosos, no primeiro setor; e de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; e atividades de TV aberta, no último.

No acumulado do ano, frente a igual período de 2019, o setor de serviços recuou 8,3%, com queda em quatro das cinco atividades e altas em apenas 25,9% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços prestados às famílias (-36,6%) exerceram a principal influência negativa, devido à queda nas receitas de restaurantes; hotéis; e de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. O setor ainda mostra ritmo lento de retomada de suas atividades, em função do caráter presencial da prestação de seus serviços.

Outras pressões negativas importantes vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-11,8%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

(-8,1%). Os resultados do primeiro ramo são explicados, principalmente, pela redução na receita das empresas de gestão de ativos intangíveis; administração de programas de fidelidade; soluções de pagamentos eletrônicos; limpeza geral; agências de viagens; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; e aluguel de máquinas e equipamentos.

Na segunda atividade, houve queda de receita em transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; rodoviário de cargas; correio nacional; e metroferroviário de passageiros.

Com menor impacto no índice geral, frente às demais atividades, os serviços de informação e comunicação (-2,0%) tiveram perdas de receita nos segmentos de telecomunicações; programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura; atividades de exibição cinematográfica; operadoras de TV por satélite; e consultoria em tecnologia da informação.

Em contrapartida, a única contribuição positiva no acumulado de janeiro a novembro de 2020, frente a igual período do ano anterior, ficou com o setor de outros serviços (6,5%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; atividades de administração de fundos por contrato ou comissão; e coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial.

Fonte: IBGE