- Finance News - https://financenews.com.br -

Mercado de criptomoedas cresce no Brasil

 

Assim como em vários países do mundo, as transações de criptomoeda no Brasil se tornam cada vez mais importantes e os brasileiros estão cada vez mais interessados em saber onde comprar criptomoedas [1]. Seja como uma nova forma de pagamento (como um substituto para os tipos de pagamento convencionais, como dinheiro ou cartões), seja como uma forma de investimento (dada a avaliação da unidade de criptomoeda), o fato é que as transações de criptomoeda cresceram para ganhar relevância no mercado brasileiro.

A legislação tributária brasileira não possui nenhum ato legal específico referente à tributação das operações de criptomoeda; portanto, as transações envolvendo moedas virtuais estão atualmente sujeitas à mesma tributação que as transações com diferentes classes de ativos. A tributação seguirá as diretrizes definidas:

No entanto, até meados do ano passado, não havia uma regra prevendo como essas transações deveriam ser levadas ao conhecimento das autoridades. Assim, em termos práticos, a Receita Federal não possuía os recursos ou ferramentas para cobrar impostos sobre essas transações. Como as transações de criptomoeda estavam se tornando mais lucrativas, a Receita Federal do Brasil (RFB) optou por não ignorar essa situação.

Nesse sentido, a RFB emitiu a Instrução Normativa Nº 1.888 / 19, que determina que todas as transações de criptomoeda devem ser devidamente informadas [2] às autoridades pelas corretoras de câmbio brasileiras e por pessoas físicas ou jurídicas proprietárias dos ativos de criptografia, dependendo do caso.

Existem muitos requisitos de relatórios estabelecidos na IN 1.888 / 19, como data e número de transações criptografadas; descrição de indivíduos ou empresas que fazem parte da transação; tipo de criptomoeda transferida; valor da operação; valor das taxas de serviço; e endereço da carteira de entrega e recebimento. Além disso, está prevista uma penalidade de 3% nos casos em que as informações fornecidas às autoridades sejam imprecisas, incompletas ou incorretas.

Essas obrigações trouxeram uma nova perspectiva para as finanças públicas brasileiras e um novo cenário para todos os participantes desse mercado. Um dos objetivos é impedir o uso de criptomoedas como forma de driblar impostos, ocultar ativos e outros crimes, como lavagem de dinheiro [3].

De acordo com as últimas informações fornecidas pela RFB, nos primeiros dois meses em que a nova regra entrou em vigor, o valor total informado às autoridades foi de cerca de R$ 14 bilhões.

Segundo o relatório digital global da Hootsuite e We Are Social, o Brasil é o representante da América Latina que reúne mais proprietários ativos de criptomoedas. Noventa e dois por cento dos usuários são do sexo masculino e, independentemente do sexo, 40% dos detentores de criptomoedas têm entre 20 e 25 anos de idade. As faixas etárias 26-30 e 31-40, respectivamente, representam 20%. A estatística mais impressionante, no entanto, é que 40% dos negociadores de criptomoedas no Brasil ganham abaixo do salário mínimo do país, que atualmente, de R$ 1.045 por mês.

Além da Receita Federal, o Banco Central do Brasil já aceitou criptomoedas como ativos monetários, o que facilita o comércio de ativos digitais com os brasileiros.