Receio de guerra comercial EUA x UE derruba Bolsas. Ibovespa tem queda

9 de abril de 2019 Por Redação

Atualizado às 12h44min

O Ibovespa opera em queda nesta terça-feira, 9. No horário acima desvalorizava -1,42% aos 95.963 pontos.

Em âmbito externo a sessão é marcada pela aversão ao risco. Na véspera, o representante de Comércio americano, Robert Lighthizer, propôs uma lista de produtos da União Europeia sobre os quais se deve aplicar as tarifas como retaliação pelos subsídios aéreos europeus, considerando tarifas sobre cerca de US$ 11 bi em produtos do bloco europeu.

As principais Bolsas na Europa opera em baixa e os futuros americanos estão no negativo.

Além disso, para piorar o mau humor, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou nesta terça-feira sua estimativa para o crescimento econômico global em 2019 e alertou que a expansão pode desacelerar ainda mais devido às tensões sobre comércio.

Falaram demais?

Em âmbito doméstico o mercado repercute nesta terça a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Câmara, Rodrigo Maia. Ambos participaram de um encontro com empresários organizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

Guedes e Maia prometeram trabalhar pela reforma, mas recusaram o papel de articuladores políticos.

No debate, Maia afirmou que perdeu as condições de tratar da reforma e que não falará mais de prazo ou votos para que o projeto seja aprovada.

Parecer sobre a reforma da Previdência é destaque

O parecer da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara sobre a Reforma da Previdência será apresentado nesta terça-feira, 9.

O relator, deputado Marcelo Freitas, do PSL de Minas Gerais, afirmou que pretende pedir a aprovação integral da proposta, sem as prováveis alterações na aposentadoria rural ou no BPC, o Benefício de Prestação Continuada pago a idosos e deficientes de baixa renda que não conseguiram se aposentar.

A expectativa é que os parlamentares só façam alterações na próxima etapa de tramitação, na Comissão Especial.

O relator Marcelo Freitas disse ter certeza de que o parecer dele será aprovado. A CCJ discute apenas se a proposta fere a Constituição, sem entrar no mérito das mudanças.

Após apresentar o relatório da CCJ, na terça-feira, será dado o prazo de vista para análise dos deputados e a votação do parecer será na semana seguinte, no dia 17 de abril.

Se aprovado, o texto segue para a comissão especial.

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