Prisão de executiva pode prejudicar o acordo EUA x China?
Uma notícia envolvendo uma alta executiva de uma empresa chinesa ganhou destaque no fim da noite de ontem e é um dos fatores que provoca um selloff global nesta quinta nas Bolsas.
As autoridades canadenses em Vancouver prenderam a diretora financeira da gigante de telecomunicações Huawei Technologies a pedido do governo americano por supostas violações de sanções iranianas.
Pequim protestou contra a detenção e exigiu que se restaure imediatamente a liberdade de Meng Wanzhou, que é filha do fundador da Huawei.
A prisão de Meng ocorre em meio a uma campanha do governo dos EUA contra a empresa que considera uma ameaça à segurança nacional.
Os principais índices futuros em Wall Street caem mais de 1%.
Mercados asiáticos despencaram, liderados por ações de empresas de tecnologia, após a prisão da executiva da Huawei. Na Europa também há queda.
Há o temor de que a prisão possa atrapalhar as negociações entre a China e os Estados Unidos para pôr fim a guerra comercial.
Bolsas e petróleo (7h59min)
Japão (Nikkei 225): -1,91% (pregão encerrado)
China (Shanghai Comp.): -1,68% (pregão encerrado)
Londres (FTSE 100): -2,35%
Alemanha (DAX): -2,44%
Petróleo WTI: -3,58% (US$ 50,99)
Petróleo Brent: -3,59% (US$ 59,35)
Minério na China
Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, caíram -0,85% (469 iuanes/tonelada)
Futuros americanos
Em Wall Street, o Dow Jones futuro tinha queda de -1,78% e o S&P 500 futuro -1,76% às 7h59min.
Reunião da Opep no radar
Começa nesta quinta-feira, 6, em Viena o primeiro dia do encontro das Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A superprodução da commoditie, em particular pela Arábia Saudita, e a desaceleração econômica estarão no centro das discussões.
Existe a expectativa de que grandes produtores, liderados pela Arábia Saudita e Rússia, concordem em fazer cortes na produção de petróleo.
De acordo com a imprensa especializada a Opep e seus aliados estão trabalhando em um acordo para reduzir a produção de petróleo para pelo menos 1,3 milhão de barris por dia. A resistência da Rússia a um grande corte é que seria o principal obstáculo.
Já o presidente americano, Donald Trump, pediu para os membros da não reduzirem a produção da commodity na próxima reunião, afirmando que os preços do petróleo devem continuar baixos.
Dados do emprego nos EUA
Nesta quinta vai ser divulgado o Relatório Nacional de Emprego ADP, uma medida da variação mensal de emprego de privados não-agrícolas. O dado era para ter sido apresentado na quarta, mas devido ao feriado foi adiado para essa quinta.
Esse indicador é uma prévia do Payroll, que será divulgado na sexta, e mede a variação do número de pessoas empregadas durante o último mês de todas as empresas não-agrícolas dos Estados Unidos. O Payroll é levado em consideração pelo Banco Central americano na formulação da política de juros.
Pauta bomba: Câmara aprova permissão para municípios estourarem limite de gastos com pessoal
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 300 votos a 46, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 270/16, do Senado, que permite aos municípios receberem transferências voluntárias, obterem garantia direta ou indireta de outro ente e contratarem operações de crédito mesmo se não reduzirem despesas com pessoal que estejam acima do limite.
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Na agenda desta quinta, 6
– reunião da Opep começa em Viena
– variação de empregos privados ADP (novembro)
– 11h30min – Brasil – produção de veículos
– 21h45min – EUA – presidente do Fed, Jerome Powell, discursa
O que vem por aí: sexta, 7
– 8h – Brasil – IGP-DI (novembro)
– 9h – Brasil – IPCA – (novembro)
– 11h30min – EUA – Payroll