Papéis da Gradiente voltam a ter forte alta

19 de setembro de 2018 Por Redação

 

Atualizado às 17h35min

As ações da IGB Eletrônica – Gradiente (IGBR3) dispararam mais uma vez nesta quarta-feira, 19. Os papéis fecharam com valorização de 67,99% cotados em R$ 6,35. No começo da tarde chegaram a subir mais de 100%. Só nesta semana os papéis já sobem 504%.

Na terça-feira a companhia prestou esclarecimentos à B3 após o forte aumento no volume de negócios e financeiro. O volume financeiro saltou para R$ 4,5 milhões na terça, sendo que a média foi de R$ 40 mil nos últimos 21 dias.

A Gradiente disse que tais oscilações podem, possivelmente, “estar relacionadas ao fato de ter sido incluído na pauta de julgamento da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, do dia 20 de setembro de 2018, o Recurso Especial interposto pela companhia, visando levar à apreciação das Cortes Superiores a ilegalidade na utilização da marca iPhone pela empresa Apple”.

A brasileira e americana mantêm uma disputa judicial que se arrasta há anos sobre o direito de usar a marca iPhone no Brasil. A Gradiente, hoje em recuperação judicial, obteve em 2008, após processo no INPI, o registro da marca Iphone (com “i” maiúsculo). Em 2012 a companhia brasileira chegou a lançar um telefone com o nome iPhone e foi acionada na Justiça pela Apple.

Analistas advertem

De tempos em tempos surgem casos de papéis com pouca liquidez na Bolsa que, por diversos motivos, começam a subir com força. O chamado ‘movimento de manada’ do mercado se encarrega de fazer o restante do trabalho e em poucos dias essas ações disparam.

Analistas advertem sobre os riscos de negociar papéis desse tipo. A empresa tem fundamentos ruins, no caso da Gradiente está em recuperação judicial, por isso fazer uma aposta é uma estratégia bem arriscada.

Para quem pensa em fazer trade (operação de curto prazo) também deve ter em mente que o risco é alto. Afinal, se as ações passarem por uma forte correção no preço, haverá comprador para os papéis que você adquiriu?

Especialistas na Bolsa ouvidos por nossa reportagem dizem que aqueles que quiserem se arriscar, o ideal é aportar o chamado ‘capital de risco’ nessas operações. O ‘capital de risco’ é aquela quantia que se você perder, não irá lhe fazer falta.