‘Dilema do Inovador’

23 de abril de 2018 Por Redação

As quatro lições do ‘Dilema do Inovador’

 O professor de Harvard, Clayton Christensen, considerado o guru da inovação, escreveu em 1997 o famoso livro ‘O dilema do inovador’.

Nesta obra, que se tornou um clássico da administração e negócios, Christensen explica que o surgimento de tecnologias de ruptura pode tirar do mercado empresas que aparentavam estar no caminho certo: eram bem administradas, estavam atentas à concorrência, possuíam um público fiel e, até mesmo, investiam em tecnologias em suas respectivas áreas.

Atenção com as tecnologias de ruptura

As tecnologias de ruptura são aquelas que vieram não para ganhar o jogo, mas para mudar as regras, expulsando os concorrentes do tabuleiro.

Não é que as empresas que dominavam o mercado não tenham conseguido identificar novas tendências. O problema é que a tendência delas era investir no que, até então, conquistava seus clientes e gerava lucro. Enquanto isso, outras empresas estão despertando novas necessidades no público consumidor.

Cuidado com as ‘necessidades’ do cliente

Lembra como a melhor máquina de escrever ficou obsoleta? Ou o melhor vídeo cassete foi superado pelo DVD e este, muito provavelmente, pelo streaming? O mesmo aconteceu com a fita cassete e o walkman.

Segundo Christensen, as empresas bem sucedidas querem seus recursos focados em atividades que atendam às necessidades dos clientes. Essa estratégia promete lucros mais elevados, que sejam tecnologicamente viáveis, e que as ajudem a mantê-las nos mercados mais importantes.

Ocorre que os produtos hoje inúteis para os clientes podem ser fundamentais às  necessidades futuras deles. Nesse sentido, o autor ressalta que é preciso cuidado ao se preocupar em apenas melhorar o desempenho dos produtos ou serviços para atender às necessidades de seus consumidores já que outra empresa poderá fazer algo que sua companhia não via relevância em fazer.

Faça como Jobs

A obra de Christensen despertou a atenção de gigantes do setor corporativo como o cofundador da Apple, Steve Jobs. O livro exerceu influência sobre as estratégias do empresário. O resultado foi que a empresa, conhecida por fazer computadores e programas, se tornou ícone de produtos como iPhone, Ipad e de serviços como venda de música e outros conteúdos digitais. E detalhe: Jobs não pensou duas vezes em criar produtos que eliminassem outros de sua própria empresa: ao desenvolver o iPhone, por exemplo, sabia que estaria decretando o fim dos áureos tempos do ipod.

Não basta inovar. Revolucione

É preciso ter em mente que não basta ter feito uma inovação. De tempos em tempos é preciso revolucionar a ordem natural das coisas. Parece difícil inovar em um mundo em que tudo parece já ter sido inventado, mas algumas tendências emergem: carros sem motorista, impressões 3D, etc.

Não sabemos como será o futuro, mas é certo que as empresas que serão bem-sucedidas estão, desde já, dedicando seus esforços para antecipá-lo.