COE: prós e contras

4 de abril de 2018 Por Redação

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COE: o que você precisa saber

O Certificado de Operações Estruturadas, conhecido pela sigla COE, combina a segurança da renda fixa com o potencial de retornos da renda variável.

Atrai investidores moderados e arrojados e é indicado para aqueles que querem diversificar seus investimentos com risco sob controle e que não exige monitoramento diário e constante do mercado financeiro.

Especialistas no mercado financeiro destacam que aquelas pessoas que não toleram grandes riscos devem alocar percentual reduzido de seu capital em COE (algo em torno de 5% a 15%).

Já as que estão acostumadas com a volatilidade da renda variável o COE é um produto que ajuda na diversificação ao propiciar operações complexas com custo reduzido.

Como funciona?

O Certificado de Operações Estruturadas envolve características de renda fixa e variável. Por isso tem em sua estrutura operações com derivativos, e investimentos composto por diferentes ativos.

COE com e sem capital protegido

No COE com capital protegido há a devolução do valor inicialmente aplicado.

No sem capital protegido o investimento não conta com essa garantia, e o investidor pode perder uma parte ou até todo capital investido.

Por isso peça a seu assessor de investimento para deixar bem claro qual dos dois está sendo oferecido.

Qual a vantagem do COE em relação aos Fundos de Investimento?

Uma das vantagens em relação a um Fundo de Investimento (algumas modalidade de Fundos também aplicam em derivativos) é que a cobrança do Imposto de Renda (22,5% a 15%, de acordo com o tempo) é feita apenas no resgate. Nos Fundos, existe o come-cota, a antecipação do Imposto de Renda a cada semestre.

Outra vantagem em relação aos Fundos é que um COE não tem taxa de administração nem de custódia (como no Tesouro Direto) nem de performance.

Tem cobertura do FGC?

Não. COE não tem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito, caso a instituição financeira quebre. Apenas Caderneta de Poupança, CDB, LCIs e LCAs têm. O FGC é formado por contribuições mensais dos bancos e, desde o fim de 2017, garante o ressarcimento do valor total de até R$ 1 milhão por CPF e cobertura de R$ 250 mil por instituição financeira emissora do título.

Onde encontrar

Corretoras e bancos oferecem COEs. Analistas de mercado orientam que o investidor deve buscar instituições financeiras sólidas e com boa assessoria, que lhe ajude a tirar todas as suas dúvidas antes do investimento.

Pergunte a exaustão antes de aplicar e não tenha receio de pedir ao assessor que simule os cenários com números para que você possa visualizar as vantagens e desvantagens. Se seu assessor colocar barreiras ou não prestar todas as informações que pediu, talvez seja melhor recorrer a outra instituição financeira.

Qual a desvantagem do COE

O Certificado de Operações Estruturadas tem algumas desvantagens. Uma é a dificuldade de projeção dos retornos.

Assim como na renda variável, se trata de uma aposta em uma tendência do mercado, que pode não se concretizar e, dessa forma, não trazer o rendimento esperado.

Outra desvantagem é que em muitos COEs não é possível fazer uma venda antecipada. Em outros, a negociação antes do vencimento acarreta em perdas.

Como funciona na prática

Uma das principais características da operação estruturada é que ela é apresentada considerando cenários futuros.

Pode, por exemplo, oferecer as condições atreladas ao principal índice acionário do Brasil, o Ibovespa, conforme a seguir: se o Ibovespa cai ou fica estável, o investidor tem apenas o investimento inicial de volta; se o Ibovespa sobe até 25%, o investidor ganha o rendimento proporcional a essa valorização; se o Ibovespa sobe mais de 25% o rendimento é fixo em 30%.

Nessa estrutura o investidor não perde o capital aplicado inicialmente, mas perceba que há um teto para o potencial de valorização.

Além do índice Bovespa, as condições baseadas podem ser baseadas no dólar, ou em outros ativos negociados no mercado.

No pior cenário

Considerando um cenário ruim, o investidor recebe o dinheiro investido em um COE de volta mas sem qualquer remuneração.

Depois de um período de 12 meses ou mais pode não ser um bom negócio, já que a inflação pode ter corroído o poder de compra de forma significativa, ainda mais se estiver alta.

Portanto é importante avaliar bem se deve fazer a aplicação e, mais importante, qual fatia do seu capital você irá aportar no COE.

Tomando esses cuidados, você terá discernimento para fazer uma escolha que seja adequada aos seus objetivos.