Confira a íntegra da pesquisa eleitoral CNT/MDA

6 de março de 2018 Por Redação

Publicado às 11h49min

A 135ª Pesquisa CNT/MDA, realizada de 28 de fevereiro a 3 de março de 2018 e divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) mostra a avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal do presidente Michel Temer. Mede ainda a expectativa da população em relação ao emprego, à renda, à saúde, à educação e à segurança pública. A pesquisa mostra também a intenção de voto para a eleição presidencial este ano.

Eleição presidencial 2018 

1º turno: Intenção de voto ESPONTÂNEA

 
Lula: 18,6%
Jair Bolsonaro: 12,3%
Ciro Gomes: 1,7%
Geraldo Alckmin: 1,4%
Álvaro Dias: 1,2%
Marina Silva: 1,2%
Michel Temer: 0,4%
Outros: 3,1%
Branco/Nulo: 20,4%
Indecisos: 39,7%

1º turno: Intenção de voto ESTIMULADA

CENÁRIO 1: Lula 33,4%, Jair Bolsonaro 16,8%, Marina Silva 7,8%,
Geraldo Alckmin 6,4%, Ciro Gomes 4,3%, Álvaro Dias 3,3%, Fernando Collor 1,2%, Michel Temer 0,9%, Manuela D´Ávila 0,7%, Rodrigo Maia 0,6%, Branco/Nulo 18,2%, Indecisos 6,4%.
CENÁRIO 2: Jair Bolsonaro 20,0%, Marina Silva 12,8%, Geraldo Alckmin 8,6%, Ciro Gomes 8,1%, Álvaro Dias 4,0%, Fernando Haddad 2,3%, Fernando Collor 2,1%,  Manuela D´Ávila 1,3%,  Michel Temer 1,3%, Rodrigo Maia 0,8%, Branco/Nulo 28,2%, Indecisos 10,5%.
CENÁRIO 3: Jair Bolsonaro 20,2%, Marina Silva 13,4%, Geraldo Alckmin 8,7%, Ciro Gomes 8,1%, Álvaro Dias 4,1%, Fernando Haddad 2,4%, Fernando Collor 2,2%,  Manuela D´Ávila 1,4%,  Rodrigo Maia 1,0%, Branco/Nulo 28,4%, Indecisos 10,1%.
CENÁRIO 4: Jair Bolsonaro 20,9%, Marina Silva 13,9%, Ciro Gomes 9,0%, Álvaro Dias 4,7%, Fernando Haddad 2,9%, Fernando Collor 2,1%, Manuela D´Ávila 1,7%, Rodrigo Maia 1,4%, Michel Temer 1,3%, Branco/Nulo 30,5%, Indecisos 11,6%.

2º turno: Intenção de voto ESTIMULADA 

 
CENÁRIO 1: Lula 44,5%, Geraldo Alckmin 22,5%, Branco/Nulo: 28,5%, Indecisos: 4,5%.
CENÁRIO 2: Lula 44,1%, Jair Bolsonaro 25,8%, Branco/Nulo: 26,0%,
Indecisos: 4,1%.
CENÁRIO 3: Jair Bolsonaro 26,7%, Geraldo Alckmin 24,3%, Branco/Nulo: 41,6%, Indecisos: 7,4%.
CENÁRIO 4: Lula 43,8%, Marina Silva 20,3%, Branco/Nulo: 31,8%,
Indecisos: 4,1%.
CENÁRIO 5: Marina Silva 26,3%, Geraldo Alckmin 24,6%, Branco/Nulo: 42,5%, Indecisos: 6,6%.
CENÁRIO 6: Jair Bolsonaro 27,7%, Marina Silva 26,6%, Branco/Nulo: 39,0%, Indecisos: 6,7%.
CENÁRIO 7: Geraldo Alckmin 36,6%, Michel Temer 3,8%, Branco/Nulo: 52,0%, Indecisos: 7,6%.
CENÁRIO 8: Jair Bolsonaro 36,0%, Michel Temer 5,7%, Branco/Nulo: 50,2%, Indecisos: 8,1%.
CENÁRIO 9: Lula 47,5%, Michel Temer 6,8%, Branco/Nulo: 40,7%,
Indecisos: 5,0%.
CENÁRIO 10: Marina Silva 36,8%, Michel Temer 5,3%, Branco/Nulo: 51,1%, Indecisos: 6,8%.
CENÁRIO 11: Geraldo Alckmin 32,2%, Rodrigo Maia 6,5%, Branco/Nulo: 52,8%, Indecisos: 8,5%.
CENÁRIO 12: Jair Bolsonaro 32,2%, Rodrigo Maia 9,4%, Branco/Nulo: 49,6%, Indecisos: 8,8%.
CENÁRIO 13: Lula 46,7%, Rodrigo Maia 9,8%, Branco/Nulo: 38,4%,
Indecisos: 5,1%.
CENÁRIO 14: Marina Silva 34,5%, Rodrigo Maia 7,3%, Branco/Nulo: 51,0%, Indecisos: 7,2%.

Limite de voto – Presidência da República

CIRO GOMES: é o único em que votaria (3,2%); é um candidato em que poderia votar (22,0%); não votaria nele de jeito nenhum (47,8%); não conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar (19,7%).
GERALDO ALCKMIN: é o único em que votaria (3,5%); é um candidato em que poderia votar (34,5%); não votaria nele de jeito nenhum (50,7%); não conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar (7,6%).
JAIR BOLSONARO: é o único em que votaria (13,3%); é um candidato em que poderia votar (22,1%); não votaria nele de jeito nenhum (50,4%); não conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar (10,7%).
LULA: é o único em que votaria (27,6%); é um candidato em que poderia votar (22,5%); não votaria nele de jeito nenhum (46,7%); não conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar (0,7%).
MARINA SILVA: é a única em que votaria (5,0%); é uma candidata em que poderia votar (35,2%); não votaria nela de jeito nenhum (53,9%); não conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar (2,7%).
MICHEL TEMER: é o único em que votaria (0,5%); é um candidato em que poderia votar (7,0%); não votaria nele de jeito nenhum (88,0%); não conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar (1,3%).
RODRIGO MAIA: é o único em que votaria (0,2%); é um candidato em que poderia votar (13,0%); não votaria nele de jeito nenhum (55,8%); não conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar (27,6%).

Condenação do ex-presidente Lula

• 52,1% consideram que o ex-presidente Lula deveria ter sido condenado pelas denúncias no julgamento ocorrido no último dia 24 de janeiro sobre o apartamento tríplex no Guarujá. Para 37,6%, ele deveria ter sido inocentado.
• 52,5% consideram que o ex-presidente Lula não deveria disputar as eleições presidenciais deste ano. Para 43,3%, ele deveria disputar, mesmo tendo sido condenado.
• Caso o ex-presidente Lula seja impedido de disputar as eleições, 54,2% não votariam em alguém indicado por ele. 26,4% disseram que poderiam votar dependendo do candidato e 16,4% votariam em qualquer candidato indicado por Lula.
• 64,4% dos entrevistados estão empregados ou executam algum tipo de trabalho remunerado no momento. 23,6% não estão empregados e não estão procurando emprego. Já 10,9% não estão empregados, mas estão procurando emprego.
• Em relação ao ano passado, 46,5% se sentem mais otimistas sobre a geração de novas vagas de emprego no Brasil. Outros 38,3% se sentem mais pessimistas.
• 65,4% consideram que o país permanece em crise econômica. Mas, para 28,6%, o país começa a sair da crise. Outros 3,1% avaliam que o Brasil não esteve em crise econômica.

• 57,3% dos entrevistados, ao serem questionados se eles próprios, alguém de suas famílias ou algum amigo que estava desempregado conseguiu emprego nos últimos seis meses, responderam que não. Outros 33,5% disseram que sim. 8,4% afirmaram não haver ninguém próximo que estava desempregado.

Segurança e intervenção no Rio de Janeiro

• 79,9% estão acompanhando ou ouviram falar de notícias sobre a intervenção federal decretada pelo presidente da República na área de segurança para combater a violência no Rio de Janeiro.
• 69,0% são favor da intervenção federal e consideram que essa foi uma decisão correta. Para 12,3%, a decisão foi incorreta e 11,4% disseram ser indiferentes.
• 49,1% avaliam que a intervenção federal vai resolver apenas parcialmente o problema da segurança no Rio de Janeiro. Para 13,0%, a intervenção federal resolverá totalmente o problema. Mas outros 22,5% consideram que a violência continuará do mesmo jeito no Rio de Janeiro e 7,2% acham que a medida vai agravar o problema.
• 62,8% são a favor da criação do Ministério da Segurança Pública e 16,4% são contra.
• 40,4% dos entrevistados disseram que o serviço de segurança pública na cidade onde moram é regular. Para 32,6%, há problemas nesse serviço, sendo que 19,5% o consideraram péssimo e 13,1%, ruim. Já para 25,7%, a avaliação é positiva, sendo o serviço considerado bom por 22,8% e ótimo por 2,9%.

Avaliação de governo 

Governo federal: A avaliação do governo do presidente Michel Temer é positiva para 4,3% dos entrevistados, contra 73,3% de avaliação negativa. Para 20,3%, a avaliação é regular e 2,1% não souberam opinar. A aprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 10,3% contra 83,6% de desaprovação, além de 6,1% que não souberam opinar.
Governo estadual: 3,4% avaliam o governador de seu Estado como ótimo. 16,6% como bom; 35,6% como regular, 14,6% como ruim e 25,9% como péssimo.
Governo municipal: 6,6% avaliam o prefeito de sua cidade como ótimo. 25,2% como bom, 29,4% como regular, 11,6% como ruim e 24,0% como péssimo.

Expectativa (para os próximos 6 meses)

Emprego: vai melhorar: 28,9%, vai piorar: 31,0%, vai ficar igual: 37,9%

Renda mensal: vai aumentar: 23,3%, vai diminuir: 19,5%, vai ficar igual: 54,1%

Saúde: vai melhorar: 23,5%, vai piorar: 32,6%, vai ficar igual: 42,3%
Educação: vai melhorar: 26,3%, vai piorar: 27,0%, vai ficar igual: 44,6%
Segurança pública: vai melhorar: 25,3%, vai piorar: 37,4%, vai ficar igual:  35,7%

Imigrantes venezuelanos

• 68,8% estão acompanhando ou já ouviram falar dos acontecimentos envolvendo a crise na Venezuela e que estão fazendo milhares de venezuelanos virem para o Brasil.
• 44,4% acham que o Brasil deve acolher os imigrantes venezuelanos. Outros 19,0% consideram que apenas alguns deveriam ser acolhidos. Para 27,5%, o Brasil não deve permitir a entrada de imigrantes venezuelanos.
• Para 68,7%, os imigrantes venezuelanos, uma vez legalizados, devem ter acesso a serviços públicos (saúde, educação) e serem acolhidos no mercado de trabalho brasileiro. 21,9% consideram que eles não devem ter acesso a serviços públicos.
• 65,7% consideram que o Brasil deve oferecer residência temporária para imigrantes venezuelanos em Roraima.

Conclusão

Os resultados da 135ª Pesquisa CNT/MDA mostram manutenção da percepção negativa sobre o governo Michel Temer, tanto na avaliação de seu governo quanto em relação à sua aprovação pessoal.
As expectativas para os próximos seis meses apresentam melhora em relação à geração de emprego, renda mensal, saúde, educação e, em especial, segurança.
A intenção de voto para a eleição presidencial em 2018 indica liderança do ex-presidente Lula no cenário de primeiro turno e em todas as simulações de segundo turno. Há também consolidação de Jair Bolsonaro na segunda colocação. Para as simulações que excluem o ex-presidente Lula da relação de candidatos, Bolsonaro lidera, com a segunda colocação sendo disputada por Marina Silva, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes.
Nota-se elevado percentual de votos brancos, nulos e indecisos nas simulações de primeiro e de segundo turnos e alta taxa de rejeição a todos os candidatos, o que possibilita o surgimento de outsiders que podem conquistar o voto desses eleitores.
Na economia, a maior parte dos brasileiros se mostra otimista em relação à geração de empregos em 2018, na comparação com 2017, porém ainda há percepção de que o país permanece em crise.
A intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro é aprovada pela maioria dos entrevistados, que acreditam que ela será suficiente para resolver ao menos parcialmente os problemas de segurança pública. Observa-se, ainda, destacada aprovação à criação do Ministério da Segurança Pública.