Ibovespa fecha em queda de 1,7%

2 de fevereiro de 2018 Por Redação

Atualizado às 18h21min

O Ibovespa aumentou as perdas à tarde e fechou em queda de 1,70% aos 84 mil 041 pontos. Na semana caiu 1,74% quebrando uma sequência 6 altas semanais seguidas.

A queda do índice começou após a divulgação do relatório do emprego Payroll nos EUA. A economia americana gerou 200 mil novos postos de trabalho em janeiro, acima do esperado, o que leva o mercado a reforçar as apostas em um aumento dos juros em março.

O Payroll é levado em conta pelo Banco Central americano para decidir sobre os juros. Na última quarta-feira o Federal Reserve (BC americano) manteve as taxas no intervalo entre 1,25% e 1,5% mas sinalizou uma alta em março.

No meio da tarde outra notícia nos EUA ajudou a afundar ainda mais o índice Dow Jones, S&P e Nasdaq e respingou no Brasil: ocorreu a divulgação de um memorando que questiona a imparcialidade do FBI em relação ao partido Republicano. O documento foi tornado público com a permissão do presidente Donald Trump e pode dar início a uma crise com consequências imprevisíveis.

No Brasil, notícias de que o presidente Michel Temer teria jogado a toalha com relação à reforma da Previdência também ajudaram na queda do Ibovespa.

O dólar teve forte alta de 1,39% e fechou cotado em R$ 3,21.

O destaque corporativo nesta sexta foi a Embraer. A jornalista Míriam Leitão, no jornal O Globo, informou que a Embraer e a Boeing vão criar uma terceira empresa. Segundo a jornalista, o modelo de parceria entre a fabricante brasileira e a Boeing prevê nova companhia dedicada à operação comercial. Os papéis EMBR3 dispararam mais de 4%.

Maiores altas do Ibovespa

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Maiores quedas do Ibovespa

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Corporativo

Gerdau e Usiminas elevadas

A Usiminas (USIM5) e a Gerdau (GGBR4) foram elevadas pelo Credit Suisse. A instituição elevou a recomendação para “outperform”. Antes a recomendação era “neutra”. O preço-alvo para a Usiminas passou de R$ 9 para R$ 16. O preço-alvo para Gerdau passou de R$ 14 para R$ 19.

Projeções da Cielo

A Cielo (CIEL3) informou nesta sexta, 2, as projeções para 2018. A empresa estima que o crescimento do Volume Financeiro Cielo Brasil fique entre 5% a 7%. Já o Custos e Despesas Totais (Cielo e Cateno) é projetado entre 2% a 4%. O Capex (compra de terminais de captura) é estimado entre R$300 milhões a R$400 milhões.

Na política

Padilha diz que decisão final sobre agenda de votação da reforma é de Maia

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou a intenção do governo em votar a reforma da Previdência em fevereiro.

A afirmação, inclusive, já havia sido feita pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, no fim de janeiro.

Padilha, no entanto, deixa claro que a última palavra será do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, uma vez que é ele quem determina o que irá ou não para a pauta de votações na Casa.

“A posição do governo é liquidar esse tema em fevereiro. Nós queremos votar e estamos fazendo de tudo para que tenhamos os 308 votos. A disposição do governo é votar. Agora, vamos deixar claro que quem faz a pauta da Câmara é o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia”, disse Padilha, em entrevista coletiva ontem.

Há, portanto, uma brecha no discurso do governo para alterar a agenda da reforma, embora Rodrigo Maia, em dezembro, tenha previsto o início do processo de votação para logo depois do Carnaval, a partir do dia 19.

A última contagem divulgada pelo relator da reforma na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), estima que o governo tem 275 votos a seu favor. Para garantir a aprovação, são necessários 308 votos.

Para Marun faltam até 50

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que ainda faltam entre 40 a 50 votos para aprovar a reforma da Previdência.

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