Lula condenado e Ibovespa na maior alta desde maio

12 de julho de 2017 Por Redação
Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Atualizada às 17h17

O Ibovespa fechou na maior alta desde o dia 18 de maio, quando o mercado desabou com a delação dos donos da JBS e a gravação do presidente Michel Temer.

Nesta quarta, o índice subiu 1,5% aos 64 mil 835 pontos.

O mercado reagiu positivamente à condenação do ex-presidente Lula pelo juiz federal Sérgio Moro. O petista foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão. A condenação é em primeira instância e cabe recurso. Na sentença Moro afirmou que foi “intimidado” e que não decretou a prisão de Lula por “prudência”.

Entre 14h e 15h o Ibovespa subiu quase mil pontos.

Os papéis da Petrobras que já tinham alta desde a manhã subiram ainda mais e fecharam com valorização de quase 5%, liderando os ganhos do Ibov.

O dólar despencou 1,35% cotado a R$ 3,21.

Maiores altas do Ibovespa

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Maiores quedas do Ibovespa (papéis de apenas 6 empresas tiveram queda)

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Condenação de Lula foi pelo “caso triplex”

Lula foi acusado de ter recebido propina da empreiteira OAS por meio da reforma de um tríplex no edifício Solaris, no Guarujá, litoral paulista.

Lula ainda é réu em outros quatro processos:

– o ex-presidente é acusado de tentar obstruir a Justiça pela compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró;

– ainda no âmbito da Lava Jato, procuradores acusam Lula pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht. Segundo os procuradores, o dinheiro recebido do esquema  foi usado para comprar um terreno, que seria usado para a construção de uma sede do Instituto Lula;

– no âmbito da Operação Janus, Lula teria usado influência junto ao BNDES e a outros órgãos para favorecer a Odebrecht em contratos e obras de engenharia em Angola;

– no âmbito da Operação Zelotes, o petista é acusado pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-presidente teria atuado para interferir na compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro e na prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627.