Ibovespa fecha estável. JBS dispara 22%

25 de maio de 2017 Por Redação

Atualizado às 17h25

 

O Ibovespa fechou praticamente estável nesta quinta-feira. O índice chegou a encostar nos 64 mil pontos mas depois desabou e fechou nos 63 mil 226 pontos.

As quedas dos papéis de Itaú (ITUB4) e da Petrobras (PETR3, PETR4) pressionaram o Ibovespa.

O destaque de alta foi JBS (JBSS3). Os papéis da empresa dispararam 22% com informações de que a holding J&F vendará de empresas do grupo. Entre elas estariam a Vigor e Alpargatas.

A Suzano (SUZB5) e a Fibria (FIBR3) anunciaram alta nos preços da celulose a partir de junho. Os papéis SUZB5 subiram 5,6% e FIBR3 +6%.

Os papéis da Petrobras (PETR4) caíram 1,4%, os ordinários (PETR3) -2,3%. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo concordou nesta quinta-feira em prorrogar seus cortes de produção por nove meses, de acordo com relatos da mídia, citando um delegado na tão esperada reunião em Viena. Mas os sauditas descartaram cortes mais profundos como parte do acordo de extensão. O preço do barril (WTI) desabou 5%.

 

MAIORES ALTAS DO IBOVESPA

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MAIORES QUEDAS DO IBOVESPA

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No radar dos investidores esteve o desdobramento da crise política.

A ameaça de uma bomba resultou na evacuação do prédio do Ministério do Trabalho em Brasília, o que mostra que a tensão continua alta na capital federal.

O jornal Folha de S. Paulo revelou que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Lula lideram conversas em busca de saída para a crise política do país desde que as delações da JBS foram divulgadas.

Já o ex-ministro Nelson Jobim negou que seja candidato à sucessão de Michel Temer. O peemedebista é citado como um dos nomes para substituir o presidente em caso de renúncia ou destituição. Um dos impedimentos citados por Jobim é seu trabalho com o banco BTG Pactual, do qual é sócio.

 

FOI DESTAQUE NO SETOR CORPORATIVO

Petrobras vai exercer direito de preferência para a segunda e a terceira rodadas de licitações de blocos exploratórios

A Petrobras informou que apresentou nesta quinta-feira, 25, ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a sua primeira manifestação formal em relação ao direito de preferência para a segunda e a terceira rodadas de licitações de blocos exploratórios sob o regime de partilha de produção.

Segundo a estatal, após análise técnica, aprovação pela Diretoria Executiva e deliberação no âmbito do Conselho de Administração, a Petrobras concluiu por exercer o direito de preferência nas seguintes áreas, com o percentual mínimo de 30% em cada área, tendo foco na maximização de valor do seu portfólio:

– Segunda Rodada: área unitizável adjacente ao campo de Sapinhoá;

– Terceira Rodada: Peroba e Alto de Cabo Frio Central.

Mais detalhes dessa notícia, leia aqui.

 

J&F oferece R$ 4 bi mas MPF não aceita

O executivo Wesley Batista esteve nesta quarta-feira acompanhado de advogados na sede do Ministério Público Federal no Distrito Federal. Ele foi negociar o acordo de leniência do grupo J&F, que controla a JBS. Segundo a agência Brasil, a empresa ofereceu R$ 4 bilhões para fechar o acordo, o que não foi aceito pelo MPF. Não foi divulgado prazo para fechamento de acordo, mas as negociações vão prosseguir.

O MPF defendeu o pagamento de R$ 11,169 bilhões pela empresa, que seriam pagos em dez anos. O valor é equivalente a 5,8% do faturamento obtido pelo grupo em 2016. Anteriormente, os representantes da J&F propuseram pagar R$ 1 bilhão, o que equivale a 0,51% do faturamento registrado no período.

Segundo o MPF, a Lei Anticorrupção estabelece que a multa em acordos de leniência deve ter como parâmetro percentual que varia entre 0,1% e 20% do faturamento. O primeiro prazo dado pelo MPF para fechamento do acordo e pagamento da multa terminou às 23h59min do dia 19.

Apesar do não fechamento de um acordo de leniência, a empresa já fechou com o MPF um acordo de colaboração, que já foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal.

 

Telebras exclui da pauta da Assembleia Geral aumento do Capital Social

A Telebras (TELB3, TELB4) comunicou que, levando em consideração a defasagem dos preços pela companhia atribuídos em 12 de abril deste ano com os preços ora praticados pelo mercado nas ações Telb3 e Telb4, resolveu excluir da pauta da Assembleia Geral a proposta de aumento do capital social.

A proposta era aumentar o capital social de R$ 263.145.011,82 para R$ 1.560.991.531,83.

A Assembleia Geral Extraordinária ocorre dia 1 de junho.

“A nova proposta da administração para efetivação deste aumento de capital encontra-se em elaboração na companhia”, afirmou a empresa.

 

Justiça extingue ação sobre cessão de direitos em concessões em águas rasas

A Petrobras (PETR4) informou que foi formalmente notificada nesta quarta-feira, 24, da decisão da 3ª Vara da Justiça Federal de Sergipe pela extinção da ação popular, sem julgamento de mérito, que visava suspender o processo de cessão dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural de um conjunto de campos em águas rasas, localizados nos estados do Ceará e de Sergipe.

A informação sobre a decisão já havia sido divulgada no começo de maio.

A ação popular foi movida por José Hunaldo Nunes Santos e Fernando Borges da Silva, ligados ao Sindicato dos Petroleiros de Sergipe e Alagoas, o Sindipetro-AL/SE.

Segundo a petroleira, a extinção do processo é decorrente de pedido realizado pela Petrobras, com base na decisão proferida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que autorizou a continuidade do programa desinvestimentos da companhia, determinando que seja aplicada a sistemática revisada aos projetos de desinvestimentos.

 

Dividendo trimestral da Itaúsa

A Itaúsa (ITSA4), a holding do Itaú, comunicou que vai pagar, em 3 de julho o dividendo do 1º trimestre de 2017, no valor de R$ 0,015 por ação, com base na posição acionária final do dia 31 de maio.

 

Ser cancela Oferta Pública de distribuição de ações

A Ser Educacional (SEER3) informou que cancelou a oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias de emissão da companhia.

O Conselho de Administração, em reunião nesta quarta-feira, dia 24, por unanimidade, entendeu que apesar de ter havido demanda suficiente de investidores profissionais e acionistas, “o preço por ação que seria fixado após o procedimento de Bookbuilding não refletiria a perspectiva de rentabilidade futura da companhia e, assim, o prosseguimento da Oferta Restrita não estaria alinhado ao melhor interesse da empresa e seus acionistas”.

Os Pedidos de Subscrição Prioritária recebidos até a presenta data serão cancelados. Caso o acionista já tenha efetuado o pagamento nos termos da Oferta Restrita, terá os valores depositados devolvidos sem juros ou correção monetária, sem reembolso de custos e com dedução, caso incidentes, de quaisquer tributos eventualmente aplicáveis sobre os valores pagos.

 

Tecnisa homologa aumento de capital

O Conselho de Administração da Tecnisa (TCSA3) aprovou o aumento do capital social privado da companhia no montante de até R$ 150 milhões, com a emissão, para subscrição privada, de até 57.692.307 novas ações ordinárias pelo preço de emissão de R$ 2,60 por ação.

 

CSN não arquiva Demonstrações Financeiras de 2016 na NYSE

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) comunicou que não foi possível arquivar as Demonstrações Financeiras e o Relatório Anual do Formulário 20-F, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2016.

Portanto, a companhia não está em conformidade com as obrigações de arquivamento da U.S. Securities and Exchange (SEC) e de listagem da New York Stock Exchange (NYSE).

A CSN informou que “está trabalhando com seus auditores externos em certos tratamentos contábeis relacionados à combinação de negócios ocorrida em 30 de novembro de 2015, pela qual a CSN Mineração (anteriormente denominada Congonhas Minérios S.A.), controlada da companhia, adquiriu o controle da Nacional Minérios (Namisa).

Além disso, está em fase final uma investigação interna solicitada pelo Comitê de Auditoria da Companhia em razão de uma alegação publicada na imprensa em abril de 2017, relacionada a um suposto pagamento de R$ 16.5 milhões durante a construção da usina de aços longos localizada em Volta Redonda.

O Comitê de Auditoria da Companhia contratou renomados escritório de advocacia e consultor externo para conduzir a referida investigação e, até a presente data, não foi identificado nenhum ato ilícito ou impróprio.

 

 

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