Ibovespa desaba com BC americano ‘hawkish’

14 de dezembro de 2016 Por Redação

Atualizado às 18h21

 

O Ibovespa operou até o meio da tarde perto da estabilidade. Mas logo depois da decisão do Banco Central americano de elevar a taxa de juros, nosso índice desabou quase 2% no fechamento do pregão.

O Federal Reserve adotou um tom mais ‘hawkish’, ou seja, aumentou as chances de intensificar a elevação das taxas no ano que vem.

O BC americano aumentou a projeção de alta de juros para três no ano que vem. Em setembro eram previstas duas altas.

Na política, destaque para a demissão José Yunes, um dos conselheiros mais próximos do presidente Michel Temer.

O advogado teve o nome citado em delação premiada do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho.

Outro nome também  estaria para cair. Fontes ouvidas pela agência Reuters disseram que o secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, estaria com a carta de demissão pronta.

Em nota, Moreira Franco disse que permanece no governo.

O dólar teve alta de 0,28% a R$ 3,33, o que ajudou no desempenho positivo de Suzano (SUZB5) e Fibria (FIBR3).

As maiores quedas do Ibovespa foram os papéis de empresas do setor siderúrgico, seguidas de Kroton e Estácio. A Associação Brasileira de Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas (Abrafi) pediu ao Ministério da Educação que suspenda o processo de cisão da Estácio, que visa separar o ensino a distância de seu negócio de ensino presencial. Associação quer que o MEC que impeça a compra da Estácio pela Kroton.

Petrobras (PETR4) também teve forte queda de 4,6%.

 

MAIORES ALTAS DO IBOVESPA

1

MAORES BAIXAS DO IBOVESPA

2

 

 

NA POLÍTICA

O jornal Folha de S. Paulo informou que Marcelo Odebrecht confirmou em delação premiada a versão do ex-vice de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, de que houve o pagamento de R$ 10 milhões ao PMDB em 2014 feito a pedido do presidente Michel Temer.

Claudio Melo afirma que pode confirmar sua delação com provas como ligações telefônicas.

 

SETOR CORPORATIVO

 

Odontoprev

A Odontoprev vai pagar juros sobre o capital próprio. Vão receber os detentores de ações de emissão da companhia em 16 de dezembro de 2016. O montante total bruto dos juros sobre o capital próprio é de  R$11.796.936,67 correspondentes a R$0,022221586 por ação. A data do pagamento será em 4 de janeiro de 2017. 5. As ações da Companhia serão negociadas ex-direito a juros sobre o capital próprio a partir de 19 de dezembro de 2016.

 

CSU CardSystem

CSU CardSystem (CARD3) informou que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de proventos aos acionistas na forma de juros sobre o capital próprio. O montante bruto a ser distribuído será de R$ 12 milhões e 800 mil perfazendo o valor bruto por ação de R$ 0,31018254, excluídas as ações mantidas em tesouraria, com posterior retenção de imposto de renda na fonte, exceto para os acionistas que comprovarem até 29 de dezembro de 2016 sua condição de isentos ou imunes. O referido pagamento será efetuado até 30 de janeiro de 2017 e estipulado com base na posição acionária da Companhia de 21 de dezembro de 2016, sem incidência de correção monetária. A partir de 22 de dezembro de 2016, inclusive, as ações da companhia passarão a ser negociadas “ex juros sobre capital próprio”.

 

Tecnisa

A Tecnisa  (TCSA3)  vai pagar dividendos no montante total de R$ 28 milhões equivalente a R$ 0,1613832853 por ação ordinária de emissão da companhia. O pagamento dos dividendos remanescentes será realizado em 23 de dezembro de 2016.

 

WEG

A WEG (WEGE3) vai pagar juros sobre capital próprio no valor total de R$ 126.976.310,00, correspondente a R$ 0,078705882 por ação, aos titulares de ações escriturais em 16 de dezembro de 2016.  De 19 de Dezembro de 2016 em diante, as ações serão negociadas “ex-juros sobre capital próprio”. O pagamento de JCP ocorrerá a partir do dia 15 de março de 2017 e será feito pelo valor líquido de R$ 0,066900000 por ação, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%.

 

Gafisa

A construtora Gafisa (GFSA3) cancelou o pedido de registro da oferta pública de distribuição secundária de ações ordinárias da Tenda (divisão de baixa renda da Gafisa). A empresa afirma que a decisão foi tomada “em decorrência da atual conjuntura de mercado desfavorável”.

O Conselho de Administração da Gafisa aprovou a venda de ações da Tenda para a Jaguar Real Estate Partners. O acordo prevê a alienação de até 30% das ações de emissão da Tenda para Jaguar ou para uma de suas afiliadas. A Tenda foi avaliada em 539 milhões.

 

 

AES Eletropaulo

A AES Eletropaulo, A Brasiliana Participações e AES Elpa informaram que a Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou a reorganização societária envolvendo as companhias. Segundo determinação da ANEEL, as companhias devem implementar a reestruturação no prazo de 120 dias, a contar da data de publicação da resolução autorizativa da ANEEL que aprovou a reestruturação.

 

Energias do Brasil

A EDP – Energias do Brasil (ENBR3) comunicou ao mercado que a Porto do Pecém Geração de Energia pré-pagou voluntariamente a totalidade do financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, assim como liquidou derivativos contratados para mitigação dos riscos cambial (USD) e de juros (Libor). Os recursos para a realização do Pré-Pagamento foram a contratação de dois novos financiamentos no valor total de R$ 480 milhões, com prazos de 3 e de 5 anos, pagamentos de juros semestrais de CDI + 2,73% a.a. e CDI + 2,95% ao ano e o aporte de capital da EDP em Pecém no valor de R$ 500 milhões. O valor do Pré-Pagamento totalizou R$ 922,6 milhões, incluindo os custos financeiros decorrentes do Pré-Pagamento.

 

Aumento de capital da Lojas Americanas

O jornal Valor Econômico traz uma reportagem em que afirma que a administração da Lojas Americanas poderá fazer um aumento bilionário de capital. O valor pode atingir até R$ 8 bilhões, calculou a publicação.

 

 

RÁPIDAS

– O Itaú BBA reduziu o preço-alvo das ações da Vivo de R$ 54,5 para R$ 50,5 em 2017.

– A Minerva (BEEF3) teve o preço-alvo elevado de R$ 15 para R$ 18 (fim de 2017) pelo Santander.

– O Santander estimou o preço-alvo de Ambev (ABEV3) de R$ 20 reais para o fim de 2017.

– JBS (JBSS3) teve seu preço-alvo reduzido pelos analistas do Santander de R$ 23 para R$ 16.

 

 

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