O ministro da secretaria geral de governo, Geddel Vieira Lima, pediu demissão nesta sexta-feira. Veja o pedido na carta abaixo.

 

 

O objetivo foi estancar a crise que se instalou no Planalto após as denúncias do  ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero.

Em depoimento à Polícia Federal, Calero acusou Geddel de tê-lo pressionado a produzir um parecer técnico para favorecer seus interesses pessoais.

Afirmou ainda que o presidente da República, Michel Temer, também o pressionou no caso. Segundo Calero, Temer pediu que ele desse uma ‘saída’ para a situação, envolvendo a AGU (Advocacia-Geral da União).

A Polícia Federal pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal para investigar Geddel.

 

O outro lado

O porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, leu comunicado na noite de ontem em que esclarece que o presidente Michel Temer “sempre endossou caminhos técnicos para solução de licenças em obras ou ações de governo”.

Sobre a acusação de que Temer “enquadrou” o ex-ministro, o porta-voz explicou que “estranha sua afirmação, agora, de que o presidente o teria enquadrado ou pedido solução que não fosse técnica”.

 

Gravação

O governo teme que Calero tenha gravado uma conversa com Michel Temer. Prova disso, foi o que disse Parola durante o pronunciamento à imprensa: “surpreendem o presidente da República boatos de que o ex-ministro teria solicitado uma segunda audiência, na quinta-feira, somente com o intuito de gravar clandestinamente conversa com o presidente da República para posterior divulgação”.

 

Mais um que cai

Geddel é apenas mais um entre os vários ministros de Temer que já pediram demissão. Incluindo Geddel, já foram seis. Em alguns casos, o pedido de demissão foi por causa da Lava-Jato.

O primeiro foi Romero Jucá, que estava no Planejamento. Ele foi flagrado em gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, falando sobre um “pacto” com intenção de barrar a Lava Jato.

O ministro da Transparência, Fabiano Silveira, também saiu do governo após criticar as investigações da Lava-Jato.

Citado na delação premiada de Sérgio Machado, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves também pediu demissão.

 

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Redação

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